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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

“Dupla delícia! O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”. Mario Quintana

“Dupla delícia! O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”.

Tive a imensa sorte de ter passado por professores que sempre me incentivaram à leitura, talvez por isso tenha enveredado pela área de Linguagens na minha formação acadêmica. Lembro que ganhei um livro e um diário de uma professora quando fazia a terceira ou quarta série, isso me marcou bastante. Além disso, cresci em uma casa cheia de livros, sob o incentivo de minha mãe, também professora. Anos mais tarde, na Fundação Casa Grande, tive a oportunidade de gerenciar a biblioteca, onde, aos 16 anos, iniciei o projeto Roda de Leitura, que consistia em uma reunião com os meus amigos da Fundação. Cada um escolhia um livro e, após duas semanas, nos encontrávamos para socializarmos o que lemos. Esses momentos eram muito ricos, a gente fazia a “propaganda” do livro lido, positiva ou negativa, dependia do nosso ponto de vista.

O top dez dos livros que marcaram a minha vida é, com certeza, um roteiro que descreve as fases mais importantes que vivi.
1.                Dom Casmurro”, de Machado de Assis, é um livro que deixa qualquer um com “uma pulga atrás da orelha”: Capitu traiu ou não traiu? Isso a gente só descobre lendo e tirando a nossa própria conclusão. Li o livro quando cursava o Ensino Médio e, logo de cara, me apaixonei pela história de Bentinho e Capitolina, e pelo possível triângulo amoroso envolvendo Escobar, melhor amigo de Bentinho.
2.                Morte e Vida Severina”, do pernambucano João Cabral de Melo Neto, me marcou por ter sido o poema escolhido no meu vestibular, em 1999, ano em que o poeta morreu. O livro foi presente de uma amiga escritora, Socorro Acioli, por eu ter passado no vestibular para o curso de Letras.
3.                Uma grande amiga leu e me emprestou “Depois daquela viagem”, livro autobiográfico da autora brasileira Valéria Piassa Polizzi. É uma leitura deliciosa, daquelas que você começa e não consegue parar. No livro, Valéria relata como contraiu o vírus da Aids, aos dezesseis anos, com o primeiro namorado.
4.                 O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exuperry, é um clássico que deveria ser lido por todos. É uma leitura indispensável àqueles que amam a filosofia da vida. Me marcou por tudo de bom que representa e por ter sido o primeiro livro que li pro meu primeiro filho, Victor, quando ele ainda estava na barriga.
5.                O Peixinho de Pedra” é um livro infantil da escritora cearense Socorro Acioli, grande amiga, que neste livro me presenteou com uma personagem, a Profª Samara. É especial, simbólico na minha vida.
6.                Muito longe de casa: memórias de um menino soldado”, de Ishmael Beah, é um livro autobiográfico da literatura africana, que conta a história de um menino que virou soldado na guerra civil, por força das circunstâncias. É um desses livros que você começa folheando e quando vê já está quase no final. Rico na descrição dos detalhes tem momentos que você é levado aos ambientes descritos por ele. Essa história me tocou profundamente e me arrancou lágrimas. O final é surpreendente.
7.                Ainda na literatura africana, “O último voo do flamingo”, de Mia Couto, me marcou pela história e também pela época em que foi lido. Eu estava no Parque Indígena do Xingu, na aldeia dos índios Ikpeng, para uma temporada de um mês de convivência. Este era o meu livro de cabeceira. O livro retrata o processo de paz em Moçambique, anos depois da guerra civil, e a explosão de soldados da ONU na imaginária vila Tizangara.
8.                Sabe aqueles livros que de tão bons acabam virando filme? Pois é o que aconteceu com o livro “O código Da Vinci”, de Dan Brown, que hoje é um dos mais vendidos do mundo. Crenças à parte, o destaque deste livro é para dar uma dica importante que aprendi com ele: nada se compara a ler um livro antes de ver o filme. O mesmo aconteceu com outros que li e que também inspiraram filmes, como: o Crime do Padre Amaro e Primo Basílio, mas isso é outra história.
9.                Ele escolheu os cravos”, do renomado Max Lucado, foi um presente do meu cunhado, Luciano. Ele me presenteou com o livro quando entreguei minha vida a Jesus, como meu único e verdadeiro salvador. Na época, a leitura foi ainda mais prazerosa pelo entendimento que me trouxe. Eu recomendo!
10.           Outra fase importante da minha vida é a que estou vivendo, a reta final do meu Mestrado, um sonho que eu achava distante, mas que está se concluindo. É um período muito intenso de leitura, não tem um só dia que eu não leia alguma coisa. De todos os livros que li nessa fase, com certeza, “Marcos Históricos da Reforma na Educação”, do Prof. Nigel Brooke, como o próprio título denuncia, é um marco, leitura indispensável para todos os educadores interessados em conhecer um pouco mais sobre os processos que desencadearam as reformas educacionais que mudaram o que entendemos hoje por educação.

Eu poderia citar muitos outros livros: A ladeira da saudade, de Ganymédes José, Cinco Minutos e Senhora, de José de Alencar, Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector...são muitos, mas o espaço não seria suficiente. Resta dizer que quem ainda não experimentou o prazer de ler um bom livro está perdendo a oportunidade de mergulhar em um mundo de indescritíveis sentimentos. Só lendo mesmo pra saber! Vamos à leitura!

Samara Macêdo Diniz
Diretora Geral da EEFM Padre Luís Filgueiras – Nova Olinda – CE.
Mestranda em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora - MG



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