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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Os dez livros que marcaram minha vida

Por Flávia Nonato

Ler é permitir-se viajar pelo mundo do desconhecido e voltar com uma bagagem cheia de sabedoria e de novos conhecimentos. A leitura é capaz de transformar a vida do ser humano, além de ser o melhor meio para vencer a ignorância.
Quando estamos lendo, além de estarmos exercitando a nossa mente estamos nos apropriando das informações contidas nos livros. Estamos aprendendo, ainda, a escrever e a falar corretamente. Daí a importância da leitura em nossas vidas.
Quando eu era criança e ainda não sabia ler, tinha uma curiosidade imensa para saber o que tinha escrito nos livros.
Ainda pequena, via sempre meu pai indo à feira do Crato que acontecia sempre ás segundas-feiras. Ele me trazia presentes(brinquedos, roupas, calçados...). Até que um dia, fui surpreendida por ele que disse ter comprado um presente diferente pra mim. Era mesmo diferente. Nesse dia ganhei um livrinho pequeno, como chamei naquele momento. Era na verdade, um cordel. Meu pai disse que se eu conseguisse ler aquele livrinho, todas as segundas-feiras ele traria um daqueles pra mim. E assim, o fiz. Foram muitas tentativas até conseguir ler as minhas primeiras palavras. Minha mãe viu que eu já estava lendo e ficou feliz com a novidade. No dia que eu consegui ler aquele cordel minha mãe pediu que eu não saísse da mesa após o nosso jantar, pois queria que eu fizesse a leitura para todos.
Lembro com muita saudade daquele momento. Era uma história emocionante! O cordel contava a história de Judite, a moça que mais sofreu na Paraíba do Norte! A leitura da triste história da Judite fazia cair lágrimas dos olhos do meu pai, que naquele momento parecia estar vivendo aquela cena. Pois falava sobre a seca de 1945, que assolou o sertão da Paraíba e Pernambuco, matando muita gente de fome e sede. E narrava a trajetória dos escravos em busca do sal em Mossoró. Judite, a personagem principal da narrativa foi quem mais sofreu durante todo período em que o sertão estava sendo castigado pela seca.
A cena da leitura de cordéis á mesa, depois do jantar se repetia sempre. Pois, como meu pai havia prometido, toda segunda-feira presenteava-me com um, que ele comprava quando ia à feira do Crato. E a leitura, era a melhor parte. Ele falava sempre que aquele era um momento de entretenimento depois de um dia de trabalho. Isso marcou muito minha infância, pois meu pai, apesar de nunca ter ido à escola, pode dar-me a melhor de todas as lições.
Em 2005, fui aprovada no curso de Letras pela Universidade Regional do Cariri – URCA. Concluí meu curso em 2009 e hoje sou professora.

Aqui vai a minha dica de leitura:

Cinco minutos/A viuvinha - José de Alencar;
Fogo Morto – José Lins do Rego;
Cante lá que eu canto cá – Patativa do Assaré;
A Revolução dos Bichos - George Orwell;
A águia e a galinha – Leonardo Boff;
Para compreender Saussure – Castelar de Carvalho;
O futuro da humanidade – Augusto Cury;
Se pudesse viver a minha vida novamente – Rubem Alves;
Berro Novo - Jessier Quirino;
Primo Basílio – Eça de Queirós.


Boa viagem!



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