Tudo o que está vivo ocupa um
lugar no espaço.
No espaço, é possível se
deslocar – a passo de lesma ou na velocidade do som – com razoável
desenvoltura: acima e abaixo; à direita e à esquerda; adiante e para trás.
Difícil ou arriscado, é só
uma questão de habilidade e de técnica.
Com o tempo é diferente. Os
ponteiros do relógio giram, imitando o movimento circular do sol.
Mas o tempo não roda, ele
avança.
É sempre um dia depois do
outro, um dia de cada vez.
Tempo é movimento, e nós
estamos no meio dele.
Os anos passam e deixam suas
marcas. E não há nada que se possa fazer para deter esse movimento.
A nossa frente, o que existe
é o amanhã com as suas muitas possibilidades.
O que será o amanhã?
Ninguém sabe.
Embora muita gente recorra a
cartomantes, astrólogos e às cartas de tarô para tentar descobrir alguma coisa,
a única coisa segura é que, apesar de estarmos vivendo cada vez mais, a vida é
breve e tem um fim.
Só não sabemos quando.
Como disse um sábio romano
chamado Cícero “a natureza dá a vida como dinheiro emprestado a juros, sem
fixar o dia da restituição”.
É verdade.
Então, é viver mais um dia
pelo tempo que for possível e cuidar do amanhã.
É aí que começam as
negociações e artimanhas para fazer do tempo um aliado e não um inimigo.
O rio do tempo
“Não se consegue pisar duas
vezes no mesmo rio, pois as águas estão continuamente fluindo à frente”, disse
uma vez o filósofo Heráclito. Heráclito estava comparando o tempo a um rio. As
águas de um rio estão sempre fluindo adiante, como o tempo. Os momentos não se
repetem. Como um rio, o tempo sempre avança, numa só direção. Cada um de nós
navega por esse rio, que tem partes tranquilas, mas também trechos de
corredeiras e cachoeiras. Por isso é preciso estar ligado e saber cuidar-se.
Viver é um desafio constante. Ou, como dizia Riobaldo, personagem da obra Grande sertão: veredas, do escritor Guimarães Rosa: “Viver é
perigoso”.
Valor do AMANHÃ na Educação
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